30/07/2008 - 04h25
PF apura se Nahas "copiou" casos Banestado e Alstom
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da Folha Online
A Polícia Federal investiga se Naji Nahas, preso na Operação Satiagraha, voltou a usar o modus operandi de remessa de dólares para o exterior que ele já havia utilizado em um caso apurado no escândalo do Banestado, informa nesta quarta-feira reportagem de Fernanda Odilla, publicada pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
No dia 9 de outubro de 2002, Nahas mandou US$ 750 mil por meio da "offshore" uruguaia Kiesser Investment para os Estados Unidos. O caminho do dinheiro foi o mesmo usado pela francesa Alstom --de pagar propina a políticos tucanos de São Paulo-- em duas transações.
O procurador Celso Três, um dos responsáveis pelo início das investigações do Banestado, afirma que presos na Satiagraha, como Naji Nahas, apareceram nas contas analisadas pela força-tarefa formada pela PF e Ministério Público. Procurado ontem pela Folha, o advogado de Nahas, Sérgio Rosenthal, não ligou de volta.
Investigações do escândalo Banestado, que geraram uma CPI em 2003 para apurar remessas ao exterior entre 1996 e 2002, indicam que, para chegar ao Uruguai, as remessas eram feitas por intermédio de contas usadas por não-residentes no país, em nome de laranjas.
A segunda fase da Operação Satiagraha, que investiga também o banqueiro Daniel Dantas, tem como foco identificar remessas de doleiros que alimentaram o fundo Opportunity, nas ilhas Cayman, e analisar as operações feitas por todos os alvos da Satiagraha.
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